20 janeiro 2009

Barack Obama



Chorei. Ri. Emocionei-me.

Passei horas na frente da televisão acompanhando, segundo a segundo, todo o cerimonial da posse daquele que é, a partir de hoje ao meio-dia e seis minutos (horário da capital canadense e/ou estadunidense), o 44º Presidente da maior potência mundial, os Estados Unidos da América.

Um mar de gente cercava os prédios históricos do Capitólio. Uma multidão aplaudia e gritava o nome do presidente eleito. Onde foi que vimos uma cena assim na posse de um presidente? Imaginei, por alguns momentos, que a cena poderia muito bem vir de um show de um grupo de rock famoso como U2, de uma grande cantora como Madonna, etc. Mas, não, era uma cerimônia burocrática, normalmente tediosa, protocolar.

Quando todos os canais de televisão mundiais se voltaram para um mesmo espetáculo? Quando o homem pisou na Lua... Ou ainda, quando a Challenge explodiu... Ou pro casamento de Lady Di e o príncipe Charles? Alguém aí se lembra do momento do juramento oficial do ultimo presidente eleito pelos Estados Unidos?

Não, acho que os idos de 2005, a segunda posse de Bush, o seu discurso, tudo isso ficou pra trás. Naquela gaveta da história onde serão guardados todos os fatos pré-Obama: as guerras, as crises econômicas, as desigualdades, o racismo. Foi uma parcela do mundo que o escolheu, apenas a população daquele país. Mas, o mundo o aceitou e o aplaude. Quantos de nós, cidadãos de outros países, acompanhamos essa campanha com fé, acreditando que ele seria o melhor candidato, aprovando seus planos de governo, como se dele fôssemos beneficiar diretamente?

O mundo todo anseia por tempos melhores, por bons ares. E eu aposto nele, o negro que vai “refazer a América”. Eu acredito nele, porque já chegou refazendo a cabeça e os conceitos mundiais quanto às origens sociais, à raça, às escolhas políticas.

Eu não sou negra. Sou branca. Não sou norte-americana, sou brasileira. Mas, será que isso importa mesmo agora? Será que somos todos de diferentes raças e origens? Justamente, acredito que a partir de hoje, estamos unidos (enfim) pela mesma esperança.

Um sopro de esperança de uma vida melhor. Para todos. No mundo.

Eu espero sinceramente que seja.

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